Actualmente há técnicos no desporto em Penafiel que se movimentam num quadro de vários interesses e possivelmente todos têm, em maior ou menor grau, consciência que se vive e se faz viver um certo mal estar.
Todavia, continuam a exibir as máscaras que escondem os descontentamentos que não ousam assumir. Sentem que algo está mal mas continuam a esforçar-se para que tudo aparente uma dose de “normalidade”.
O que se impõe é o relativismo moral, isto é, o que conta é o interesse de cada um.
Esta atitude moral reflecte uma deficiente formação moral traduzida no individualismo, no tarefismo e no porreirismo, como norma.
Da boca deles nem uma só palavra nem uma sílaba de denúncia em relação às condições que bloqueiam o desenvolvimento do Desporto em Penafiel.
Submetidos a pressões várias, transformados em veículos de muitas ambições, o que se lhes exige é colaboração quanto baste e um ajuste à ordem estabelecida.
Não admira que assim seja, pois que se cada um deles não aderisse a esta domesticação seria uma ameaça ao bom funcionamento das respectivas instituições que, em muitos casos, os sustentam financeiramente.
Acreditamos que o seu papel não é fácil!
Contudo, esta constatação não pode servir para branquear a enorme indiferença, conformidade e apatia a que todos vimos assistindo desde há alguns anos.
Em Penafiel, onde estão no desporto os movimentos de ideias, os diferentes pensamentos, os debates sobre os problemas reais do desporto que se faz no nosso concelho, a contestação e as revelações?
Os técnicos que estão no desporto não podem ficar indiferentes, alheios ou neutros à política desportiva da Câmara Municipal de Penafiel, muito menos dos clubes onde desenvolvem as suas práticas profissionais.
Não necessita a vida desportiva de Penafiel de quem a pense e repense, de quem a discuta com clareza, raciocíno aberto e atento?
O que lamentamos é verificar que se está a criar um estado mental caracterizado pela inércia e pela ausência de interesse. O que está em causa não é esta ou aquela atitude, mas precisamente a falta dela.
Visivelmente, o modelo de trabalho parece ser o do desinvestimento e do distanciamento em relação aos problemas do desporto de Penafiel, para muitos afinal, a primeira e principal profissão.
Mas como em outras actividades, há os que, apesar das condicionantes conseguem manter a independência e pautar o respectivo exercício por padrões éticos e morais irrepreensíveis.
Honra lhes seja feita!
Um pouco de higiene é pois fundamental, para que sejam mantidos os códigos de decência que valorizam e dignificam o trabalho no Desporto.