A gestão dos equipamentos desportivos é matéria a que a Câmara Municial de Penafiel pouca importância tem dado, o que corresponde, de resto, a uma situação que vem afectando o sector das infra estruturas desportivas.
Não andaremos longe da verdade se reconhecermos que se começa a pensar em medidas de gestão, pouco antes do equipamento estar a funcionar, ou quando confrontados com necessidades de reconversão.
A situação é de verdadeira desorientação, com índices de insucesso financeiro graves e a preverem a prazo a alienação desses equipamentos, possivelmente à Penafiel Activa.
O que acontece é de fácil previsão: - uma situação financeira progressivamente deficitária em que os respectivos custos têm de ser suportados pelos penafidelenses, seja de forma directa ou indirecta
Atente-se nos (péssimos) exemplos com que os responsáveis políticos na Câmara Municipal de Penafiel estão actualmente confrontados:
dois importantes equipamentos desportivos, o Pavilhão Gimnodesportivo (Fernanda Ribeiro) e as Piscinas Municipais das Termas de S. Vicente, estão luxuosamente encerrados!
E num concelho com um défice elevado em instalações desportivas!
Erros destes seriam evitáveis se previamente fossem estudadas as necessidades e tomadas as medidas de gestão que tornassem a sua manutenção menos onerosa.
Questionado a este propósito, afirma o vereador do Pelouro do Desporto que: “... havia um contrato de concessão que expirou no final do ano ... que as piscinas das Termas de S. Vicente já tinham um número muito reduzido de utilizadores e toda a maquinaria está obsoleta ... ou se avançava com uma pequena intervenção ou se programava uma intervenção de fundo”.
Se esses são problemas cuja dimensão merece ser destacada, cabe-lhe outra responsabilidade não menos importante: - a de explicar que ideias e medidas pretende adoptar, que estudos e com que critérios são elaborados, sob pena de aquilo que diz ser apenas um adorno discursivo que não tem tradução concreta no trabalho que é necessário realizar.
Em relação ao encerramento do Gimnodesportivo Fernanda Ribeiro passados 9 (nove) meses após a queda de uma parte da sua cobertura, sem que se vislumbre a sua (re)entrada em funcionamento, nem uma palavra!
Verdade se diga que nem os jornais locais (cada vez em maior número) jornalistas, oposições políticas, dirigentes ou mesmo desportistas, têm questionado a manutenção de semelhante situação.
O que espanta é que estes poderes tenham estabelecido uma espécie de “conspiração do silêncio”, o que em si mesmo é um sinal de evidente atraso e que não descansa as consciências.
Todos sabemos que construir equipamentos destes é caro e mantê-los não é barato.
Mas o que sobreleva de tais situações, é que o desporto na Câmara Municipal de Penafiel, continua a ser o parente pobre do planeamento em matéria de equipamentos desportivos.
O que se constata é uma resistência em avançar para o cruzamento com outras políticas sectoriais, designadamente a política educativa, de juventude, de ambiente, de turismo, ...etc.
As declarações de intenção não bastam se não forem acompanhadas de qualquer perspectiva que permita conhecer o caminho que vai ser seguido!
E como não se pode esperar que as mudanças surjam espontaneamente, é indispensável deitar mãos à obra