Tudo faria supor que os problemas do desenvolvimento desportivo fossem objecto do relacionamento entre os profissionais de uma mesma actividade.
Seria de esperar que os responsáveis falassem de temas concretos como organização e gestão desportiva, condução das políticas desportivas, análise dos programas desportivos, etc.
Seria de esperar que entre pessoas da mesma área se estabelecesse um diálogo aberto sobre as coisas próprias do desporto, desde os processos de planeamento, estratégas e objectivos, aos diferentes sectores de desenvolvimento, etc., etc.
Porque será que entre oficiais do mesmo ofício não se estabelece um diálogo que contribua para demonstrar um desejo sincero e uma vontade firme de transformação do desporto no nosso concelho?
Esse diálogo implica compromisso, implica crítica, implica tomadas de posição face aos desafios que actualmente se colocam.
Não acontece assim!
A regra tem sido um relacionamento que tende a fugir para assuntos em que cada um defende os seus interesses particulares e muitas vezes mesquinhos.
O problema é que algumas pessoas primam por dizer uma coisa e depois fazem outra completamente diferente.
Quem se tem apercebido da frequência com que muitos dos técnicos no desporto recorrem aos olhares de sedução, subvertendo as regras do jogo, não pode deixar de discordar das cedências em muitas das áreas das práticas sociais que se têm verificado ao longo destes últimos tempos.
Mas a sedução é antes de tudo um engano e uma manipulação!
Será que os técnicos estão preparados para reconhecer as situações que exigem as medidas que é necessário tomar?
Será que possuem um caderno de encargos ético que possam seguir, de modo a que o edifício a construir não tenha
erros de concepção e de estrutura?